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Juiz nega fiança a homem que tentou assassinar Trump na Flórida
Foto do perfil do WhatsApp de Ryan Wesley Routh, preso pela tentativa de assassinato contra Donald Trump| Foto: EFE/ Whatsapp Foto de Perfil de Ryan Wesley Routh

Ryan Routh, o homem que tentou assassinar o ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, no último dia 15 em um campo de golfe no sul da Flórida, permanecerá na prisão, segundo decisão de um juiz federal.

O magistrado em questão, Ryon McCabe, aceitou o pedido feito pelos promotores do caso para que o homem, de 58 anos, que foi indiciado por dois crimes relacionados a armas de fogo, não possa ser liberado por pagamento de fiança, por ser uma ameaça à segurança pública.

O Departamento de Justiça dos EUA apresentou nesta segunda-feira (23), poucas horas antes do início da audiência, um resumo divulgando novas informações sobre o caso, incluindo uma carta escrita com antecedência na qual Routh reconhecia sua tentativa fracassada de matar Trump.

O juiz se referiu precisamente a essa carta e a outros elementos apresentados pela acusação para determinar que o suspeito deve permanecer sob custódia enquanto o processo judicial avança, tendo em vista o “peso” das provas apresentadas até o momento contra Routh.

Na carta manuscrita, que foi encontrada dentro de uma caixa que Routh deixou para outra pessoa meses atrás, o homem confessou: “Esta foi uma tentativa de assassinato de Donald Trump, mas sinto muito por ter falhado”.

Durante a audiência, realizada em um tribunal federal em West Palm Beach, no estado da Flórida, os promotores também citaram as impressões digitais que correspondem às de Routh e que foram encontradas em uma fita adesiva no fuzil que foi deixado por Routh no local onde estava escondido nos arredores do campo de golfe.

No dia do atentado, Routh foi visto por um agente do Serviço Secreto, que o achou armado com um fuzil semiautomático escondido atrás de alguns arbustos a cerca de 500 metros de onde Trump estava, mas em uma área pela qual o político passaria durante seu jogo com amigos.

O agente, que notou especificamente o cano do fuzil saindo dos arbustos e apontado na direção do campo, atirou na direção de Routh, que fugiu do local sem disparar sua arma em nenhum momento, de acordo com a promotoria.

Routh foi detido pela polícia local cerca de 45 minutos depois, quando dirigia em uma rodovia interestadual.

Quando os agentes do FBI vasculharam o local onde Routh estava no perímetro do campo de golfe, descobriram um fuzil com o número de série raspado e ilegível, além de uma mira telescópica, uma câmera digital, uma mochila e uma bolsa.

A análise do FBI dos seis telefones celulares com os quais o detido foi encontrado revela que ele viajou da Carolina do Norte para West Palm Beach em 14 de agosto e, desde então, rondou as proximidades do campo de golfe, assim como Mar-a-Lago, o clube social e a residência de Trump na Flórida.

Também foi encontrada uma lista de locais e eventos entre agosto e setembro em que Trump estava presente ou esperava estar presente.

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