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Reportagens que revelaram que bandeiras associadas a apoiadores de Trump foram hasteadas em frente a duas casas do juiz Samuel Alito despertaram controvérsia
Reportagens que revelaram que bandeiras associadas a apoiadores de Trump foram hasteadas em frente a duas casas do juiz Samuel Alito despertaram controvérsia| Foto: EFE/Jim Lo Scalzo

O juiz Samuel Alito, integrante da Suprema Corte dos Estados Unidos, enviou nesta quarta-feira (29) cartas a deputados e senadores do Partido Democrata nas quais se recusou a se declarar impedido para julgar dois casos no tribunal relativos à invasão do Capitólio, sede do Legislativo americano, em janeiro de 2021.

Este mês, o jornal The New York Times informou que uma bandeira americana de ponta-cabeça foi hasteada em frente à residência de Alito em Alexandria, no estado da Virgínia, poucos dias após o ataque ao Capitólio, e que outra bandeira, com a mensagem “Apelo ao Céu”, foi colocada em frente à casa de praia do juiz em Nova Jersey no ano passado.

As duas bandeiras são símbolos de apoiadores do ex-presidente republicano Donald Trump (2017-2021), que as empunharam na invasão ao prédio do Legislativo americano em 2021.

A Suprema Corte vai julgar nos próximos meses dois casos importantes relativos ao ataque: um recurso de condenados por invadir o Capitólio e um pedido de Trump para que seja considerado imune em um processo no qual foi acusado de ter responsabilidade pelo episódio.

Por isso, parlamentares democratas enviaram cartas a Alito para pedir que o juiz se declarasse impedido de votar nesses julgamentos.

Segundo a agência Associated Press, Alito disse nas cartas que sua esposa hasteou as bandeiras e que ele só viu depois. “Assim que vi, pedi à minha esposa que retirasse, mas durante vários dias ela se recusou”, afirmou o juiz, que alegou que, dessa forma, não pode ser acusado de parcialidade nos julgamentos citados. “Tenho, portanto, o dever de rejeitar o seu pedido de recusa”, escreveu.

Alito faz parte da ala conservadora da Suprema Corte dos Estados Unidos desde 2006, quando foi indicado para o tribunal pelo então presidente republicano George W. Bush.

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