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BP anuncia novo recorde de petróleo capturado
A petroleira BP anunciou ontem que atingiu um novo recorde de petróleo capturado do poço Macondo, no Golfo do México. Na segunda-feira, foram coletados 25.830 barris, informou a empresa em seu site. A BP queimou 10.270 barris e capturou 15.560 barris.
Esses números superam o recorde prévio que a BP atingira na quinta-feira da semana passada, quando foram coletados 16.020 barris e queimados outros 9.270 barris, totalizando 25.290 barris de óleo capturado.
No total, a BP recuperou 298.600 barris desde que instalou um artefato de contenção sobre o poço.
Segundo o almirante Thad Allen, da Guarda Costeira dos Estados Unidos e comandante federal responsável pela resposta ao desastre, a operação de captura de petróleo pode recuperar até 28 mil barris diários em sua capacidade máxima.
A operação envolve dois navios, o Discoverer Enterprise, que tem capacidade de coletar e estocar cerca de 18 mil barris por dia, e o Q4000, que pode queimar cerca de 10 mil barris diários.
A BP está sob intensa pressão da opinião pública e do governo para conter o vazamento que, segundo cientistas, libera entre 35 mil e 60 mil barris de óleo diariamente. Na segunda-feira, a BP queimou 52,2 milhões de pés cúbicos de gás natural.
O juiz federal Martin Feldman, do estado norte-americano da Louisiana, decidiu suspender a proibição de seis meses imposta pelo governo dos Estados Unidos à perfuração de poços em águas profundas no Golfo do México, abrindo uma porta para a retomada da exploração de petróleo e gás na região, que ainda sofre com o vazamento de óleo de um poço explorado pela British Petroleum.
A decisão de Feldman é referente a um processo aberto no início de junho pela Hornbeck Offshore, uma pequena companhia de serviços petrolíferos da cidade de Covington, na Louisiana. A empresa alegou que seria prejudicada pela proibição, decretada em 28 de maio pelo Departamento do Interior do país em resposta ao vazamento de óleo no Golfo. Outras companhias posteriormente uniram-se à Hornbeck Offshore e a empresa também recebeu apoio do estado da Louisiana.
Segundo Feldman, a Casa Branca banalizou o impacto econômico da moratória às perfurações e a decisão do governo "simplesmente não pode justificar o efeito incomensurável sobre os requerentes, a economia local, a região do Golfo e o atual aspecto crítico da disponibilidade doméstica de energia nesse país".
O magistrado acrescentou que a proibição "não parece ter sido especificada em fatos" e não leva em conta o histórico de muitas companhias que operam no Golfo do México. "Todos os aviões são um perigo porque um provocou um acidente?", questionou o juiz. "Todos os navios petroleiros, como o Exxon Valdez? Todos os trens? Todas as minas? Esse tipo de pensamento parece desastrado é um tanto quanto arbitrário."
A Casa Branca afirmou que contestará a decisão do juiz. "Continuar a perfurar nessas profundidades sem saber o que aconteceu não faz sentido", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, acrescentando que as questões de "segurança" são muito intensas e incertas para serem relevadas.
A decisão do juiz representa uma derrota para a administração Obama e para o secretário do Interior dos EUA, Ken Salazar. A Casa Branca disse que a "pausa" de seis meses nas perfurações no Golfo do México em profundidades superiores a 500 pés (pouco mais de 150 metros) era necessária para permitir que o governo e a indústria tivessem tempo para implementar novas regras e procedimentos de segurança que evitassem outro acidente como a explosão da plataforma Deepwater Horizon, ocorrido em 20 de abril.
A moratória, no entanto, esbarrou em forte oposição da indústria de petróleo e gás e de autoridades de regiões dependentes da produção de energia, como o governador do estado da Louisiana, Bobby Jindal.
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