O presidente eleito Donald Trump foi condenado em maio deste ano em outro processo em Nova York| Foto: EFE/EPA/JABIN BOTSFORD / POOL
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A juíza federal Tanya Chutkan, do Distrito de Columbia, encerrou nesta segunda-feira (25) o processo contra o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, por suposta ingerência eleitoral e invasão de seus apoiadores ao Capitólio ocorrida em janeiro de 2021, depois de receber uma solicitação do promotor especial Jack Smith.

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A magistrada atendeu ao pedido apresentado por Smith, que argumentou que Trump venceu a eleição presidencial deste ano e que os regulamentos do Departamento de Justiça o impedem de processar um presidente em exercício.

Em um documento judicial, Chutkan observou que a promotoria pediu o arquivamento do caso e que a defesa de Trump não se opôs, então ela decidiu encerrar o caso.

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O promotor especial retirou as duas acusações criminais contra Trump em tribunais federais: sobre a suposta responsabilidade no ataque ao Capitólio, dirimido no Distrito de Columbia, e os documentos confidenciais que o político republicano levou da Casa Branca para sua residência em Mar-a-Lago, um caso sob análise na justiça da Flórida.

Trump disse durante a campanha que, em seu primeiro dia como presidente, demitiria Smith e ordenaria o encerramento dos casos contra ele, por alegar que foram motivados por perseguição política.

“Foi um sequestro político, e o fato de algo assim ter acontecido foi um ponto baixo na história do nosso país. No entanto, eu perseverei e, contra todas as probabilidades, eu VENCI”, disse Trump nesta segunda-feira ao saber da decisão de Smith.

Trump, que já foi presidente de 2017 a 2021, foi indiciado no Distrito de Colúmbia por supostas tentativas de reverter os resultados da eleição que perdeu em 2020 para o atual presidente americano, Joe Biden, e por supostamente instigar o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

Na Flórida, Trump é acusado de levar centenas de documentos confidenciais de seu primeiro mandato sem permissão e mantê-los ilegalmente em sua mansão em Mar-a-Lago.

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Os promotores enfrentaram muitas dificuldades para progredir em ambos os casos desde que a Suprema Corte decidiu em julho que os ex-presidentes do país desfrutam de ampla imunidade contra processos.

A decisão de Smith de "jogar a toalha" é mais uma vitória judicial para Trump, que era alvo de quatro acusações criminais.

Em maio, ele tornou-se o primeiro ex-presidente dos EUA a ser condenado por um crime, depois de ser considerado culpado em um julgamento no estado de Nova York por falsificar registros comerciais para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels na campanha eleitoral de 2016 sobre um caso que teriam tido dez anos antes - ele nega a acusação.

No entanto, o juiz Juan Merchan adiou na última sexta-feira a sentença no julgamento criminal, que estava marcada para 26 de novembro, e não deu nenhuma indicação de uma possível nova data.

Trump também era réu em um tribunal estadual da Geórgia por suposta ingerência eleitoral nas eleições de 2020, mas o caso foi afetado pela alegação do político e outros dois réus nesse processo de que houve conflito de interesse por parte da promotora Fani Willis, por ter um relacionamento pessoal com o advogado Nathan Wade, contratado por ela para liderar as investigações.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]