Uma juíza militar se negou nesta sexta-feira a aceitar o abandono de oito acusações "por posse ilegal e transmissão" de informações confidenciais, das 22 a que responde o soldado americano Bradley Manning, suposto autor do vazamento de documentos para o WikiLeaks.
No terceiro e último dia de uma audiência preliminar realizada na base militar de Fort Meade (Maryland, leste), a juíza Denise Lind recusou a solicitação da defesa do jovem soldado.
A magistrada explicou que as oito acusações baseadas na lei sobre espionagem "não são nem inconstitucionalmente vagas nem substancialmente extensas", como afirma a defesa em sua apelação.
Lind deve resolver também nesta sexta-feira outra apelação da defesa, que quer que sejam eliminadas outras duas acusações por "uso excessivo" do acesso à rede do Departamento de Defesa.
Ex-analista de inteligência no Iraque, Bradley Manning foi formalmente acusado no final de fevereiro de "conivência com o inimigo", a mais grave das 22 acusações, que pode lhe condenar à prisão perpétua. Em abril, a juíza Lind já havia negado um pedido da defesa de Manning para abandonar essa acusação.
O soldado de 24 anos não anunciou se irá se declarar culpado ou inocente. Ele foi acusado de transmitir para o site WikiLeaks, entre novembro de 2009 e maio de 2010, documentos militares americanos sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão e 260.000 outros do Departamento de Estado, desencadeando uma crise na diplomacia mundial.
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