A Justiça da Índia retomou nesta segunda-feira (21) o julgamento de cinco dos seis acusados do estupro coletivo e assassinato de uma jovem de 23 anos em 16 de dezembro do ano passado. A vítima morreu duas semanas após o crime, que causou comoção no país.
Os cinco réus adultos do caso são acusados de homicídio doloso, estupro e ocultação de provas, dentre outros crimes, e poderão ser condenados à pena de morte. O outro suspeito é um adolescente de 17 anos que, se condenado pelos mesmos crimes, terá como punição três anos de medidas socioeducativas.
Devido à repercussão do caso, que causou comoção na sociedade indiana, o julgamento foi transferido para um tribunal especial, que terá capacidade de encerrar o processo com mais rapidez. Na primeira sessão, os juízes receberam a ata de acusação e marcaram os primeiros debates para quinta-feira.
Os acusados foram encapuzados à primeira sessão do julgamento para que não fossem identificados fisicamente. A defesa argumenta que as confissões do estupro foram obtidas por tortura e um dos acusados pede que o julgamento seja fora de Nova Déli para evitar que os juízes sejam parciais na decisão.
Hoje, o pai da jovem estuprada pediu aos juízes uma decisão rápida e que determine a pena de morte aos acusados. "Nenhum homem tem direito à vida após cometer um crime tão abominável", disse.
Outro estupro
A imprensa indiana afirmou que houve um novo caso de estupro coletivo, desta vez no Estado de Punjab, no noroeste do país.Segundo os meios de comunicação, uma enfermeira de 26 anos foi sequestrada e estuprada por vários homens quando ia a uma entrevista de trabalho na cidade de Chandigarh. A ação foi filmada pelos estupradores.
A polícia diz que a jovem foi dopada e levada a uma outra cidade a 250 km de distância. Os agentes dizem que, quando ela acordou, estava nua em um quarto com quatro homens, que a gravavam em um celular e voltaram a sedá-la.
A mulher está internada em estado grave. Os acusados do estupro ainda não foram localizados pela polícia.