A próxima audiência do julgamento de Hosni Mubarak acontecerá no dia 8 de junho, anunciou neste sábado (11) o juiz Mahmoud el Rachidi, que estendeu a prisão preventiva do ex-presidente egípcio ed os demais acusados de corrupção e envolvimento na morte de manifestantes.

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Na sessão de hoje, o tribunal decidiu unir no mesmo processo as duas causas pelas que são julgados Mubarak, o ex-ministro do Interior Habib al Adli e dois filhos do ex-presidente.

El Rachidi deu por concluída a primeira sessão do novo julgamento, que uma corte de apelação ordenou repetir, meses depois da anulação da condenação da prisão perpétua para Mubarak e Al Adli.

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Até que o julgamento seja retomado, a corte analisará os 55 mil documentos apresentados, entre estes, novas provas que não estavam anexadas anteriormente.

Além disso, os advogados de ambas as partes poderão consultar os documentos da promotoria, que por sua vez, deverá apresentar um memorando sobre o período de prisão preventiva dos acusados.

Além de Mubarak, seus filhos Alaa e Gamal estão sendo acusados por corrupção e fraude em processo no qual está incluído o empresário Hussein Salem, considerado foragido da justiça. Segundo a promotoria, eles causaram perdas de US$ 714 milhões para o país.

Também seguirá preso que seu ministro do Interior, que segundo a acusação, foi liberado por Mubarak para que usasse armas de fogo e veículos para que a polícia cometesse os crimes, com o ex-presidente não intervindo para evitar as mortes.

Al Adli também foi acusado pelo corte das telecomunicações no país e do esvaziamento da segurança durante os distúrbios, enquanto um de seus auxiliares Hussein Abdel-Rahman, supostamente não detectou os planos de "alguns elementos estrangeiros" de libertar presos.

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Mubarak acompanhou o início da audiência com semblante sério, acompanhado dos filhos. Sua rejeição as acusações apresentadas na audiência de hoje foi feita com um gesto com uma das mãos.