Foi adiada neste domingo (16) a segunda audiência do julgamento do presidente deposto do Egito Mohammed Mursi por espionagem em prol de atos terroristas. A sessão foi transferida para o próximo domingo (23) porque a defesa se retirou da sala.
Os defensores se recusaram a continuar no julgamento porque Mursi foi colocado dentro de uma redoma de vidro à prova de som, o que lhe impede de interromper o julgamento. Esta é a segunda vez que os juízes usam o recurso para evitar que Mursi se pronuncie. Em outras sessões judiciais, Mursi gritava, dizendo que ainda era o presidente do Egito e chamando de farsa o julgamento. O mandatário não reconhece a legitimidade do tribunal e do governo interino colocado depois que ele foi deposto pelos militares, em julho. No caso, ele é acusado de conspiração com o grupo radical palestino Hamas e com o libanês Hizbullah para fugir da cadeia em meio à revolta que derrubou o ditador Hosni Mubarak, em 2011.
As organizações são acusadas de fazerem ataques a delegacias e postos da polícia para facilitar a fuga dos membros da Irmandade Muçulmana. Além dele, outros 132 membros do movimento também serão julgados.Caso seja considerado culpado, Mursi poderá ser condenado à pena de morte. Ele também é processado por incitação à violência, junto com outros membros da Irmandade, pelas mortes ocorridas nos protestos que precederam sua queda, em junho de 2013.
O novo poder instaurado pelo chefe do Exército, Abdel Fattah al-Sisi, realiza uma implacável repressão contra qualquer manifestação dos partidários de Mursi. Segundo a Anistia Internacional, 1.400 pessoas morreram nas manifestações desde 3 de julho, em sua maioria manifestantes islamitas.
O minério brasileiro que atraiu investimentos dos chineses e de Elon Musk
Desmonte da Lava Jato no STF favorece anulação de denúncia contra Bolsonaro
Fugiu da aula? Ao contrário do que disse Moraes, Brasil não foi colônia até 1822
Sem tempo e sem popularidade, governo Lula foca em ações visando as eleições de 2026