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O primeiro julgamento criminal de um prisioneiro da Baía de Guantánamo suspeito de terrorismo começou nesta terça-feira. Os promotores acusam o réu de ser um militante, enquanto a defesa afirma que ele era um associado inocente dos extremistas que bombardearam embaixadas norte-americanas.

O julgamento de Ahmed Khalfan Ghailani no tribunal federal de Manhattan está sendo visto como um teste à abordagem do presidente Barack Obama para lidar com alguns dos cerca de 174 supostos extremistas mantidos na prisão militar da Baía de Guantánamo, em Cuba. Entre os suspeitos está Sheikh Mohammed, acusado de arquitetar os ataques de 11 de setembro.

Ghailani, de 36 anos, é um tanzaniano acusado de conspirar junto com militantes islâmicos para bombardear embaixadas norte-americanas na Tanzânia e no Quênia em 7 de agosto de 1998. Na ocasião, 224 pessoas morreram. Ele enfrenta uma pena de prisão perpétua caso for condenado.

Em declarações iniciais, o advogado de defesa Steve Zissou disse que Ghailani era "imaturo...inocente, uma criatura de seu ambiente" que foi "enganado, inocentemente, a oferecer assistência nesses ataques."

Zissou disse que Ghailani, diferentemente de seus amigos que haviam se tornado militantes, "ainda estava assistindo desenhos animados".

Mas promotores disseram que Ghailani era um membro da unidade da Al Qaeda que estava por trás dos ataques e mentiu sobre seu envolvimento.

"Esse homem, Ahmed Ghailani, era um membro essencial da unidade da Al Qaeda que matou 224 pessoas naquela manhã", disse o advogado assistente Nicholas Lewin ao júri.

O governo Obama adotou o que considera ser uma abordagem flexível aos supostos terroristas, favorecendo tribunais militares em alguns casos e tribunais civis em outros.

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