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Alemanha

Julgamento de suspeito no caso Madeleine é adiado porque juíza pediu morte de Bolsonaro

Corte na Alemanha adiou julgamento de suspeito do desaparecimento da menina inglesa Madeleine McCann, em processo não relacionado, após defesa questionar posts de juíza (Foto: Daniel Bone/Pixabay)

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O julgamento de um suspeito do desaparecimento da menina inglesa Madeleine McCann, em um processo não relacionado ao caso ocorrido em Portugal em 2007, foi adiado na Alemanha porque uma juíza, entre outros pontos, teria publicado no X mensagens pedindo o assassinato do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022).

Segundo informações da agência Reuters, Christian Brueckner teve seu julgamento por acusações de crimes sexuais registrados entre 2000 e 2017 adiado em uma semana nesta sexta-feira (16) para que seja decidido se a juíza, cujo nome não foi divulgado, deve ser substituída. O processo tramita em Brunswick, no norte da Alemanha.

A defesa citou postagens feitas pela juíza pedindo a morte de Bolsonaro e de um torturador de animais. Também mencionou que ela trabalhou como psicóloga infantil, o que, segundo os advogados de Brueckner, poderia indicar parcialidade, já que parte do processo envolve abuso sexual de crianças.

“Tal juíza leiga não tem como participar de um julgamento criminal justo”, declarou o advogado Friedrich Fuelscher.

“Não toleramos declarações fora do ordenamento jurídico, pedidos de homicídio e homicídio culposo, tal pessoa não pode ser juíza honorária”, disse a promotora Ute Lindemann à imprensa alemã.

De acordo com a Reuters, as acusações do julgamento que teria início nesta sexta-feira incluem o estupro de uma mulher de cerca de 70 anos de idade no Algarve, em Portugal (região onde Madeleine desapareceu em 2007, quando tinha quatro anos), o abuso sexual de uma adolescente de 14 anos e o estupro em 2004 de uma jovem, crime este registrado em vídeo.

Christian Brueckner já cumpre pena de prisão na Alemanha pelo estupro de uma mulher no Algarve. Apesar de investigações terem apontado Brueckner como suspeito do desaparecimento de Madeleine em 2007, ele não foi indiciado no caso.

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