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A Justiça Federal dos Estados Unidos marcou para 21 de abril de 2025 o início do julgamento do prefeito de Nova York, Eric Adams, indiciado por acusações de corrupção.
Segundo informações da agência Associated Press, a data foi anunciada nesta sexta-feira (1º) pelo juiz distrital Dale Ho, do Tribunal Federal de Manhattan.
Adams foi indiciado em setembro por cinco acusações de suborno, fraude e solicitação de doações ilegais de campanha do exterior.
O Ministério Público acusou o prefeito democrata de Nova York de “não apenas [ter] aceitado, mas buscado contribuições ilegais de campanha” para a disputa pela prefeitura que venceu em 2021.
Os procuradores apontaram que, em troca da intermediação de doações de campanha de cidadãos estrangeiros (que são ilegais nos Estados Unidos) e favores como viagens para destinos como França, China, Sri Lanka, Índia, Hungria e Turquia, Adams teria beneficiado o governo turco com medidas como a aprovação do plano de segurança contra incêndios do novo consulado do país em Manhattan.
Segundo a acusação, o democrata também manipulou o programa de fundos de contrapartida da cidade, que fornece contrapartidas para pequenas doações, o que fez com que sua campanha recebesse mais de US$ 10 milhões em recursos públicos com base em certificações falsas.
Outros pontos da denúncia apontam que Adams forjou ou instruiu outras pessoas a forjarem documentação falsa para alegar que ele pagou pelas viagens que recebeu como presentes e que teria apagado mensagens de celular para esconder as condutas pelas quais foi indiciado.
Nesta sexta-feira, os promotores disseram que ainda não conseguiram ter acesso a informações do celular pessoal de Adams. Segundo a acusação, o prefeito mudou a senha do aparelho pouco antes de entregar o telefone às autoridades e depois alegou que a esqueceu.
A defesa de Adams tenta derrubar uma das cinco acusações contra o mandatário nova-iorquino, de suborno, alegando que ela não se encaixa na definição do crime recentemente estabelecida pela Suprema Corte dos Estados Unidos e que ela não deveria ser aplicada ao prefeito porque envolve acusações por fatos anteriores à sua posse.
Adams nega as acusações. Apesar de integrantes do Partido Democrata terem pedido para que ele deixe o cargo, o prefeito se recusou a renunciar e pretende concorrer à reeleição em 2025.