A Justiça federal dos Estados Unidos marcou para 5 de maio o início do julgamento do rapper Sean “Diddy” Combs, que compareceu nesta quinta-feira (10) perante o juiz Arun Subramanian, da corte distrital de Manhattan, segundo informações da agência Associated Press.
Combs, de 54 anos, foi preso no mês passado por acusações como conspiração para extorsão e tráfico sexual. Ele é suspeito de ter coagido e abusado de mulheres num esquema de exploração sexual que teria começado em 2008 e de ter silenciado essas vítimas por meio de chantagem e atos violentos, incluindo sequestros e espancamentos.
O rapper se declarou inocente. Em setembro, a Justiça lhe negou liberdade mediante pagamento de fiança, por entender que Combs poderia tentar alterar o depoimento de testemunhas e obstruir a investigação.
Apesar de se dizer inocente das acusações, em maio o rapper publicou um vídeo nas redes sociais pedindo desculpas depois da divulgação de imagens de 2016, nas quais ele aparecia chutando e arrastando sua então namorada Cassie Ventura pelos corredores de um hotel de Los Angeles. “Fiquei enojado quando fiz isso e estou enojado agora”, alegou Combs.
Em março deste ano, mandados de busca e apreensão foram cumpridos em propriedades do rapper em Los Angeles e Miami e num aeroporto particular na Flórida.
Nesta quinta-feira, durante a audiência, a promotoria informou que cem dispositivos eletrônicos de Combs foram apreendidos nessas operações e quando ele foi preso no mês passado.
Apenas oito dispositivos apreendidos em Miami continham mais de 90 terabytes de dados, informou o Ministério Público, que os classificou como “extraordinários”.