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Apoiadores da junta militar exibem uma bandeira russa durante protesto na capital Niamey, na semana passada, contra as sanções impostas pela Cedeao ao Níger
Apoiadores da junta militar exibem uma bandeira russa durante protesto na capital Niamey, na semana passada, contra as sanções impostas pela Cedeao ao Níger| Foto: EFE/EPA/LUFF

A junta militar do Níger, que depôs o presidente Mohamed Bazoum em um golpe de Estado em 26 de julho, disse que vai processar o ex-mandatário, que está preso, por “alta traição”.

O porta-voz do novo governo militar, coronel Amadou Abdramane, disse em um comunicado na TV estatal na noite de domingo (13) que as autoridades golpistas “reuniram as evidências necessárias para processar o presidente deposto [...] por alta traição e minar a segurança interna e externa do Níger”.

A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao), que planeja realizar uma intervenção no Níger para restituir Bazoum ao cargo de presidente, voltou a pedir a libertação do ex-presidente e a sua volta ao poder.

“[A abertura do processo contra Bazoum] representa outra forma de provocação e contradiz a alegada disposição das autoridades militares da República do Níger de restaurar a ordem constitucional por meios pacíficos”, argumentou o bloco regional.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse considerar “muito alarmante” a ameaça da junta militar golpista do Níger de julgar Bazoum por alta traição.

Na sua coletiva de imprensa diária, o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, acrescentou que a organização está “extremamente preocupada com o estado de saúde e a segurança do presidente e da sua família”, depois de o partido de Bazoum ter denunciado que carecem de água, luz, medicamentos e alimentos frescos.

Sobre o que a ONU está fazendo para promover uma solução política para a crise no Níger, Dujarric insistiu no apoio total à União Africana e à Cedeao como “uma frente unida a partir da qual possamos evoluir para reverter a situação”. (Com Agência EFE)

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