Santiago (Das agências internacionais) O ex-ditador Augusto Pinochet, de 89 anos, recebeu ontem a absolvição da Suprema Corte do Chile no processo relativo aos desaparecidos durante a Operação Condor realizada durante a ditadura militar (19731990) para eliminar os opositores ao regime. A Sala Penal da Suprema Corte ratificou o veredicto dado em 7 de junho pela Corte de Apelações de Santiago, absolvendo o ex-ditador que vinha sendo processado por responsabilidade na operação, realizada também pelos serviços secretos da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.
Em dezembro, o juiz Juan Guzmán Tapia, responsável pelo caso, considerou o ex-ditador culpado por ao menos nove desaparecimentos atribuídos à Operação Condor. Em janeiro, Guzmán Tapia manteve Pinochet na prisão durante nove dias, mas deixou o caso três meses mais tarde, ao se retirar do Poder Judiciário.
Na quarta-feira, a Suprema Corte havia cassado a imunidade que Pinochet mantinha por ser ex-presidente do país, abrindo caminho para o julgamento por sua suposta atuação na Operação Colombo. A decisão de ontem não dá fim aos problemas legais enfrentados por Pinochet, sobre quem ainda pesam acusações por enriquecimento ilícito e evasão de divisas. A Operação Colombo, que deixou 119 desaparecidos entre as 3.000 vítimas do regime militar, é considerada o embrião da Operação Condor.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano