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A Justiça do Foro Contencioso e Administrativo argentina aceitou uma ação proposta pelo ex-diretor do Banco Nacional, Claudio Lozano, e representantes do Observatório do Direito à Cidade como uma demanda coletiva. A ação foi protocolada no Registro de Processos Coletivos em Buenos Aires.
Lozano e o Observatório pedem que o "decretaço" de Javier Milei seja declarado inconstitucional, informaram os jornais argentinos Clarín e La Nacion.
O pedido será analisado agora pelo juiz federal Esteban Fumari. O grupo afirma os decretos de Milei configuram "desvio de poder e abuso do direito público, por violar o princípio republicano, a divisão de poderes, a democracia, o princípio da lei e os direitos coletivos da cidadania argentina".
No início desta semana, o recém-empossado presidente argentino propôs mais de 300 medidas para desregulamentar a economia do país, incluindo a eliminação de controles de preços e da burocracia para ajudar a promover a atividade industrial.
Milei, um economista libertário que entrou para a política há cerca de quatro anos, disse que deseja reduzir drasticamente o tamanho do governo e eliminar o déficit fiscal.
A Argentina está atolada em uma crise econômica prolongada, com inflação de três dígitos, reservas negativas, rápida desvalorização do peso e mais de 40% da população vivendo na pobreza.
O governo deverá se pronunciar à Justiça quanto ao tema e responder aos questionamentos feitos na ação.