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O ex-presidente Donald Trump, em comício em Chesapeake, no estado da Virgínia, na última sexta-feira (28)
O ex-presidente Donald Trump, em comício em Chesapeake, no estado da Virgínia, na última sexta-feira (28)| Foto: EFE/EPA/SHAWN THEW

O juiz Juan Merchan, que presidiu o processo criminal contra o ex-presidente americano Donald Trump (2017-2021) no caso do pagamento a uma atriz pornô, decidiu nesta terça-feira (2) adiar o anúncio da sentença do republicano para 18 de setembro, “se ainda for necessário”.

A decisão foi anunciada poucas horas após promotores do gabinete do procurador distrital de Manhattan, Alvin Bragg, terem enviado uma carta ao magistrado para dizer que estavam “abertos” à possibilidade de um adiamento de pelo menos duas semanas no anúncio da sentença, inicialmente marcado para o próximo dia 11.

Advogados do republicano haviam protocolado na segunda-feira (1º) um pedido para que o anúncio da sentença fosse adiado para que pudessem avaliar se o entendimento da Suprema Corte dos Estados Unidos sobre a imunidade parcial a presidentes e ex-presidentes americanos poderia influenciar o caso de Nova York.

A Suprema Corte deliberou na segunda-feira que ocupantes ou ex-ocupantes do cargo mais importante do Executivo americano podem reivindicar imunidade por “atos oficiais” praticados durante seus mandatos.

Embora a decisão do Supremo americano seja relativa a uma contestação de Trump a uma decisão de um tribunal inferior que havia ponderado que ele não teria direito a imunidade no processo em Washington que apura se ele teria responsabilidade pela invasão dos seus apoiadores ao Capitólio em janeiro de 2021 (quando Trump ainda era presidente), ainda é incerto como isso vai se refletir nos outros três processos criminais contra o republicano, incluindo o de Nova York.

Pela decisão da Suprema Corte, caberá aos juízes de instâncias inferiores deliberar o que são “atos oficiais” de um presidente ou não.

No final de maio, Trump foi considerado culpado por um júri em Nova York em 34 acusações de que teria fraudado registros das suas empresas para ocultar um pagamento de US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels, para que ela não revelasse antes da eleição de 2016 um relacionamento que ambos supostamente tiveram dez anos antes.

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