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Justiça argentina arquiva denúncia de Nisman contra Cristina

Alberto Nisman em imagem de arquivo de maio de 2013 | /
Alberto Nisman em imagem de arquivo de maio de 2013 (Foto: /)

A Justiça argentina arquivou nesta terça-feira, formalmente, a denúncia penal contra a presidente Cristina Kirchner pela suposta negociação de um pacto secreto com o Irã, apresentada pelo promotor Alberto Nisman em janeiro passado, poucos dias antes de ser encontrado morto em seu apartamento. A decisão foi confirmada pela Câmara Federal de Cassação Penal, que ratificou a resolução adotada previamente pela Sala 1 da Câmara Federal. Ambas câmaras consideraram que não existe delito na denúncia de Nisman contra a chefe de Estado, que agora, finalmente, poderá respirar aliviada.

Apesar de quatro promotores argentinos terem defendido a necessidade de investigar as supostas negociações secretas com o Irã desde que Nisman apresentou sua acusação, o caso foi definitivamente arquivado. A investigação foi encerrada e Cristina não deverá dar qualquer explicação aos tribunais, afastando do horizonte uma preocupação da presidente e de seus assessores, em plena campanha para as presidenciais do próximo dia 24 de outubro.

Em sua denúncia, Nisman, encontrado morto no banheiro de seu apartamento em 18 de janeiro passado, acusou Cristina e o chanceler Héctor Timerman de terem selado um acordo secreto com o Irã. O objetivo do entendimento, assegurou o promotor, foi acobertar funcionários iranianos que estão sendo investigados pela Justiça argentina por sua suposta responsabilidade no atentado à Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em julho de 94, que matou 85 pessoas.

“Não existe espaço para operações secretas, está tudo à vista”, determinou a Câmara Federal de Cassação, derrubando a tese de Nisman. A morte do promotor continua sendo investigada pela Justiça. Sua família insiste em que Nisman foi assassinado, em base às perícias realizadas por uma equipe de especialistas contrata por sua ex-mulher, a juíza Sandra Arroyo Salgado.

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