A Justiça argentina autorizou o casamento de uma jovem com um homem sentenciado a 13 anos de prisão pela participação no assassinato de sua irmã gêmea em 2010.
A juíza Gabriela Zapata, cidade de Pico Truncado (a 1.572 quilômetros de Buenos Aires), autorizou o enlace civil após realizar estudos psicológicos em Edith Casas, de 22 anos, noiva de Víctor Cingolani, que cumpre pena por seu envolvimento na morte de Johana Casas.
A mesma juíza havia suspendido o casamento no mês passado após uma apresentação judicial dos pais da jovem, que se opõem ao casamento.
Fontes judiciais citadas pela imprensa local indicam que os estudos realizados em Edith determinaram que a moça "não apresenta disfunção psicológica ou mental que lhe impeça de contrair matrimônio".
"Acho que já não posso fazer nada", disse hoje a mãe da moça, Marcelina Orellana, em entrevista à agência oficial "Télam".
Ao solicitar em dezembro à Justiça que impedisse o casamento, a mãe de Edith tinha assegurado que sua filha não se encontrava "no pleno uso de suas faculdades", que estava "privada de sua razão e pondo em risco sua integridade física e psíquica".
Durante o julgamento que se seguiu pelo assassinato de sua irmã gêmea, Edith acusou seu futuro marido de tê-la violentado em reiteradas oportunidades, mas depois disse à imprensa local que fez isso "por pressões de sua família".
Cingolani foi considerado partícipe no homicídio da modelo Johana Casas, de 20 anos, assassinada com dois tiros em 2010, e condenado a 13 anos de prisão em junho do ano passado.
O homem, que cumpre sua pena em uma prisão de Pico Truncado, garante ser inocente na morte da jovem, que também foi sua namorada.
Marcelina Orellana disse a "Télam" que há dois meses não fala com sua filha, que, apontou, "foi embora de casa e vive com a família do assassino de sua irmã".