Uma decisão de um juiz de Austin, no estado americano do Texas, está provocando polêmica. Como pode uma pessoa morta ter descendência? Os médicos não estariam entrando em terreno perigoso? Conheça as razões da mãe que perdeu um filho e quer um neto.
A dor de perder o filho Nicolas, de 21 anos, devastou Missy Evans. "Quebrou meu coração", diz a mãe. O jovem morreu em uma briga na porta de uma boate, em Austin, no Texas.
A mãe conta que a morte prematura levou junto o maior sonho dele: ter três filhos. A mãe diz que Nicolas já tinha até escolhido os nomes. "Ted, Van e Hunter", lembra.
Os órgãos do rapaz foram doados. Mas para que os planos de Nicolas não morressem com ele, Missy buscou na Justiça o direito de congelar o esperma do filho, depois da morte do rapaz.
Com a autorização concedida pelo juiz, uma médica recolheu o sêmen. "A história é controversa e vai dar o que falar, mas tudo bem. Talvez este seja um assunto que precise mesmo ser debatido mais frequentemente", diz.
Não demorou para que surgissem as opiniões mais conservadoras. "Se você autorizar isso, imagine a quantidade de outras formas de concepção que vão surgir. Tudo será possível", afirma uma mulher.
Ainda existe uma dúvida sobre a qualidade do esperma recolhido, já que Nicolas ficou nove dias em coma, e o sêmen só foi retirado algumas horas depois da morte. Mas a mãe tem uma grande a esperança de conseguir substituir a dor que sente com a saudade do filho pela alegria de ter um neto.
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