Ministério da Justiça da Bolívia investiga o ex-presidente Evo Morales por estupro de vulnerável e tráfico de pessoas| Foto: EFE/Jorge Abrego
Ouça este conteúdo

O Tribunal Constitucional Plurinacional da Bolívia emitiu sentença nesta sexta-feira (8) mantendo a decisão de que a reeleição no país só é possível uma vez. Portanto, a regra não pode ser descumprida pelo ex-presidente Evo Morales, que ficou no poder de 2006 a 2019.

CARREGANDO :)

A determinação, assinada pelos magistrados René Espada e Gonzalo Hurtado, indica que as autoridades eleitas dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário têm “o exercício do seu mandato por apenas dois períodos, contínuos ou descontínuos, sem possibilidade de prorrogação”, a partir de uma decisão proferida pelo Tribunal em 2023.

A premissa do Tribunal Constitucional também se aplica às autoridades judiciais, que na Bolívia podem ser reeleitas uma vez por voto popular.

Publicidade

Governistas divididos

De acordo com informações da Agência EFE, o partido governista Movimento ao Socialismo (MAS) está dividido entre apoiar Morales ou o atual presidente da Bolívia, Luís Arce, devido a divergências internas no próprio governo sobre quem será o candidato à presidência em 2025.

Evo Morales chegou à presidência do país em 2006, foi reeleito para o pleito de 2010-2015 e assumiu um terceiro mandato de 2015 a 2020, após conseguir que a justiça declarasse o processo como um direito humano fundamental.

Em novembro de 2019, após ser acusado de fraude e a realização de manifestações pela oposição renunciou ao cargo e buscou refúgio no México, em seguida na Argentina, voltando para a Bolívia onze meses depois.