Cerco
Força Aérea dos EUA censura sites
A Força Aérea dos Estados Unidos está impedindo seus funcionários de acessarem os sites de jornais como The New York Times e The Guardian, que publicam documentos revelados pelo WikiLeaks.
A major Toni Tones, porta-voz do Comando Espacial da Força Aérea, no Colorado, disse que computadores conectados à rede da Força Aérea estão barrando 25 sites que têm divulgados os documentos diplomáticos sigilosos dos EUA. Segundo ela, a Força Aérea costuma restringir o acesso a sites com "materiais inapropriados ou malwares (programas maliciosos), e isso inclui qualquer site que hospede materiais sigilosos".
Em nota, um porta-voz do jornal The New York Times afirmou ser "lamentável que a Força Aérea dos Estados Unidos tenha escolhido não permitir que seu pessoal acesse informação que virtualmente todo o restante do mundo pode acessar".
Londres - A Justiça do Reino Unido deve apreciar hoje recurso impetrado pela Promotoria sueca que impediu a soltura, na terça-feira, do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, mediante pagamento de fiança no valor de 200 mil libras [R$ 540 mil].
Assange está preso desde o último dia 7, em Londres, acusado de ter cometido crimes sexuais contra duas mulheres na Suécia em agosto deste ano, e enfrenta processo de extradição ao país.
Sua defesa alega, no entanto, que a prisão é política, motivada pela revelação dos mais de 250 mil documentos diplomáticos confidenciais dos EUA que vêm constrangendo a Casa Branca.
A Justiça britânica aceitou na terça-feira que Assange aguarde o processo em liberdade depois de pagamento da fiança e com estrito monitoramento para evitar fuga. Mas sua soltura foi evitada pela ação da Suécia, que pedira a sua prisão.
Se a Alta Corte rejeitar o recurso dos advogados do governo da Suécia, Assange poderá recuperar a liberdade após o pagamento da fiança em dinheiro exigida pela Justiça, além de duas garantias pessoais de 20 mil libras cada.
Neste caso, por ordem do juiz, Assange terá de morar na mansão de campo de um amigo, o presidente do clube de jornalistas Frontline Club, Vaughan Smith, a 200 quilômetros de Londres, usar uma tornozeleira eletrônica e respeitar um toque de recolher. Além disso, para evitar qualquer risco de fuga terá o passaporte retirado e deverá comparecer diariamente a uma delegacia local.
O advogado de Assange disse já ter angariado metade da fiança com apoiadores, entre os quais o cineasta dos EUA Michael Moore. Outras celebridades, como a Bianca Jagger, ex-mulher de Mick Jagger, também ofereceram apoio ao criador do site de vazamentos [veja lista ao lado]. Pessoas comuns teriam entrado em contato com o advogado de Assange e oferecido dinheiro.
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