Suprema Corte do Chile aprovou nesta sexta-feira a extradição do ex-presidente peruano Alberto Fujimori, seguindo um pedido do Peru para que ele responda por abuso aos direitos humanos e corrupção. A decisão, que havia sido primeiramente divulgada por uma rádio e foi depois confirmada pelo próprio tribunal, surpreendeu por ir contra uma decisão anterior de um juízes da Corte. O tribunal disse ter aceitado sete dos 13 argumentos apresentados por promotores peruanos.
Fujimori, de 69 anos, chegou de surpresa a Santiago, vindo de Tóquio, em novembro de 2005. Ele governou o Peru com mão-de-ferro entre 1990 e 2000. Quando seu governo chegou ao fim, em meio a um escândalo de corrupção, Fujimori embarcou para o Japão.
Promotores peruanos tentavam acusar o ex-presidente de apropriação indevida de recursos e do uso excessivo de medidas antiterroristas - incluindo dois massacres - para eliminar o grupo guerrilheiro de inspiração maoísta Sendero Luminoso.
Embora seja alvo de protestos no Chile, muitos peruanos admiram Fujimori por ter capturado líderes rebeldes. Este ano, ele concorreu, sem sucesso, a uma vaga no Senado japonês.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião