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Familiares de executados políticos e presos desaparecidos da ditadura de Augusto Pinochet protestam no marco do desfile do dia das Glórias Navais, em maio
Familiares de executados políticos e presos desaparecidos da ditadura de Augusto Pinochet protestam no marco do desfile do dia das Glórias Navais, em maio| Foto: EFE/ Adriana Thomasa

A Justiça do Chile condenou quatro militares reformados pelo assassinato de 12 pessoas durante as execuções da chamada "Caravana da Morte", uma delegação militar que, a bordo de um helicóptero Puma, percorreu diferentes cidades do país para assassinar opositores políticos durante os primeiros meses da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

O general reformado Santiago Arturo Ariel de Jesús Sinclair Oyaneder, de 92 anos, foi considerado autor dos crimes consumados de homicídio qualificado e, apesar da idade avançada, deve ser preso para cumprir a pena de 18 anos determinada pela Suprema Corte do país.

Como coautor foi condenado Juan Viterbo Chiminelli Fullerton (86 anos), que deverá cumprir 12 anos. Por sua vez, Pedro Octavio Espinoza Bravo (90 anos) deve cumprir 10 anos de prisão como autor, enquanto Emilio Robert de la Mahotiere González (86 anos) precisará passar cinco anos e um dia no presídio como cúmplice dos crimes.

Ainda hoje, 1.159 vítimas de desaparecimento forçado durante a ditadura são procuradas por seus parentes no Chile. A ditadura chilena deixou mais de 40 mil vítimas, entre executados, detidos, desaparecidos, presos políticos e torturados, segundo dados da comissão oficial que compilou depoimentos de vítimas e familiares.

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