A Suprema Corte Iraquiana decidiu na segunda-feira que Taha Yassin Ramadan, vice-presidente do Iraque durante o governo do ditador Saddam Hussein, também deve ser morto por enforcamento.
A corte tomou essa decisão apesar dos apelos de autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU) e de grupos de defesa dos direitos humanos para que a vida de Ramadan fosse poupada.
``Deus sabe que eu não fiz nada de errado'', afirmou o ex-vice-presidente pouco antes de o juiz Ali al-Kahachi tê-lo condenado à morte por enforcamento devido a sua participação no assassinato, nos anos 80, na cidade de Dujail, de 148 xiitas.
Em novembro, pelo crime, Ramadan havia sido condenado à pena de prisão perpétua. Saddam e dois outros homens já foram enforcados após terem sido considerados culpados de envolvimento nos assassinatos.
Uma corte de apelação recomendou que o ex-vice-presidente fosse condenado à morte e enviou o caso de volta para a Suprema Corte Irarquiana a fim de que uma decisão final fosse adotada.
``Em nome do povo, a corte decidiu condenar o réu Taha Yassin Ramadan à morte por enforcamento devido ao envolvimento dele no crime de homicídio na qualidade de crime contra a humanidade'', afirmou Kahachi.
O grupo Human Rights Watch havia pedido à Justiça do Iraque, no domingo, que não condenasse Ramadan à morte, argumentando que não foram apresentadas provas suficientes para ligá-lo aos assassinatos de Dujail.
``Eu não recebi nenhuma missão relativa a Dujail. Todas as testemunhas confirmaram que elas não me viram em Dujail'', afirmou o ex-vice-presidente à corte quando questionado sobre se tinha algo a acrescentar antes de a sentença ser lida.
A chefe a área de direitos humanos da ONU, Louise Arbour, também pediu, na semana passada, que a Justiça iraquiana não condenasse Ramadan à morte, afirmando que a pena capital infringiria as leis internacionais.
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