A Justiça da Argentina determinou a reabertura de uma investigação sobre violações de direitos humanos e crimes contra a humanidade na Venezuela.
Segundo informações do jornal Clarín, a ordem, da Sala 1 da Câmara Federal judiciária de Buenos Aires, considera que há “jurisdição universal e jurisdição extraterritorial” no que diz respeito a “graves violações dos direitos humanos e crimes contra a humanidade”.
Em julho de 2023, o Fórum Argentino para a Defesa da Democracia e a Fundação George Clooney apresentaram denúncias contra a ditadura da Venezuela na Justiça Federal argentina para que fossem investigados esses crimes. Entretanto, um juiz arquivou o caso e o encaminhou para o Tribunal Penal Internacional (TPI).
Vítimas do regime chavista apresentaram contestação e agora os juízes Leopoldo Bruglia, Pablo Bertuzzi e Mariano Llorens determinaram a reabertura da investigação contra o ditador Nicolás Maduro, o número 2 do chavismo, Diosdado Cabello, e outros nomes da cúpula do regime venezuelano.
“Os fatos relatados neste caso têm características de extrema gravidade e gerariam eventuais lesões aos direitos humanos fundamentais que exigiriam a autorização de proteção universal dos mesmos”, escreveram os juízes.
No início de março, o TPI havia rejeitado os argumentos de Caracas contra a retomada da investigação sobre a suposta prática de crimes contra a humanidade na Venezuela e autorizou o procurador do tribunal, Karim Khan, a continuar as investigações como parte do caso aberto na corte internacional em novembro de 2021.
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