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Crise na Venezuela

Leopoldo López: militares se comprometeram a contribuir com a queda de Maduro

Leopoldo López fala a jornalistas em frente à embaixada da Espanha em Caracas, 2 de maio (Foto: Juan Barreto / AFP)

Um tribunal em Caracas ordenou, nesta quinta-feira (2), a prisão de Leopoldo López, líder da oposição ao chavismo que esteve ao lado do presidente interino Juan Guaidó durante o levante do dia 30 de abril.

Após a ordem de prisão, López reapareceu e falou com jornalistas na tarde desta quinta-feira, em frente à embaixada da Espanha. Ele afirmou que teve reuniões com militares que estão comprometidos a contribuir para a queda do regime de Maduro.

A Justiça ordenou a prisão de López por violação de prisão domiciliar. Figura importante da oposição ao regime do ditador Nicolás Maduro, Leopoldo López estava em prisão domiciliar desde agosto de 2017 até esta terça-feira (30), quando apareceu ao lado de Guaidó durante o pronunciamento feito pelo presidente interino em frente à base militar de La Carlota.

López afirmou que foi liberado por militares e policiais dissidentes na madrugada de terça-feira e que esses militares teriam contato com os altos funcionários do regime de Maduro.

Na embaixada da Espanha, onde está hospedado, Leopoldo López falou com jornalistas na tarde desta quinta-feira. Segundo a imprensa venezuelana, ele afirmou que manteve reuniões com militares de alta patente: "Durante mais de três semanas tive reuniões em minha casa, com comandantes, generais, representantes de diversos componentes das forças armadas. Eles se comprometeram a contribuir com o fim da usurpação", afirmou.

López garantiu que acontecerão mais movimentos por parte dos militares, e que o "fim da usurpação" é um processo "irreversível".

"A prisão é um inferno, mas também quero deixar claro que não tenho medo da prisão. A quebra começou, a fissura que começou em 30 de abril, vai se tornar uma rachadura", disse.

O governo da Espanha assegurou que não tem intenção de entregar Leopoldo López após a ordem de detenção. O Executivo espanhol ainda esclareceu que López e a sua família não estão asilados, mas sim como hóspedes da embaixada, já que os pedidos de asilo devem ser feitos em território espanhol..

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