O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, está proibido de ocupar cargos públicos por 15 anos, disse o controlador-geral da Venezuela, Elvis Amoroso, na quinta-feira (28).
Amoroso disse que Guaidó teve inconsistências em suas informações financeiras e que seus gastos não correspondem ao seu nível de rendimentos, o que indicaria corrupção.
Por isso, o órgão decidiu "inabilitar para o exercício de qualquer cargo público ao cidadão [Guaidó] pelo período máximo estabelecido por lei", disse Amoroso, na TV estatal.
Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, de maioria opositora, invocou a Constituição para se declarar presidente interino em janeiro. O gesto foi reconhecido por mais de 50 países, incluindo Brasil e Estados Unidos.
Desde então, Guaidó busca formas de retirar do poder o ditador Nicolás Maduro, que classifica como "usurpador" por ter assumido a Presidência após uma votação considerada fraudulenta pela oposição e por vários países.
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No entanto, Maduro segue com apoio do Exército do país. Na semana passada, um dos aliados de Guaidó, Roberto Marrero, foi preso por agentes do serviço de inteligência do regime.
No sábado (23), o ditador acusou o líder legislativo, que ele descreve como "fantoche" dos EUA, de ter planejado, sem sucesso, assassiná-lo. "O boneco diabólico acabou de desmantelar um plano, que ele mesmo dirigiu, para me matar", afirmou o ditador, em Caracas.
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No domingo (24), além de rebater as acusações de Maduro, Guaidó pediu aos seus partidários que se preparem para "a fase máxima de pressão" em sua luta contra o ditador. Ele disse que convocará para os próximos dias uma manifestação nacional, que irá rumo ao palácio de Miraflores, sede do governo.