Vice presidente do Equador, Jorge Glas, segurando o decreto presidencial que o afastou de suas funções| Foto: RODRIGO BUENDIA/AFP

A justiça do Equador proibiu o vice-presidente do país, Jorge Glas, de sair do país, ordenou a prisão de outros sete envolvidos no caso de distribuição de propinas pela Odebrecht e manteve medidas cautelares contra quatro estrangeiros que atuaram como delatores no processo.  

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Com a decisão do juiz Miguel Jurado, abre-se um prazo de 30 dias no qual os 11 envolvidos podem apresentar provas de sua inocência. Se necessário, eles serão processados criminalmente.  

Glas, que não estava presente na corte, é o funcionário público mais poderoso no Equador envolvido no esquema da Odebrecht. A construtora admitiu ter pagado US$ 33,5 milhões a funcionários do governo em troca da concessão de obras públicas.  

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Para o ex-controlador Carlos Pólit, que renunciou de seu cargo em junho e está foragido nos Estados Unidos, a justiça ordenou prisão domiciliar e o uso de um dispositivo eletrônico. Para os demais equatorianos, foi ordenada prisão preventiva.

Funções retiradas

No dia (3) de agosto, o presidente do Equador, Lenín Moreno, retirou mediante decreto todas as funções de seu vice-presidente, Jorge Glas. 

A decisão não implicou na destituição de Glas, mas o afastou das responsabilidades nos setores produtivos e tributários, bem como de coordenar a reconstrução de uma área destruída por um terremoto em abril de 2016. 

"Sou o vice-presidente eleito e vou terminar o meu mandato. Com ou sem funções, continuarei trabalhando", disse Glas, que também foi vice-presidente entre 2013 e 2017 de Rafael Correa. 

No decreto, Moreno disse que a lealdade implica servir o país em unidade, "o que não foi devidamente executado pelo vice-presidente".  

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Glass afirmou que não vai renunciar e que não pretende conspirar contra Moreno nem gerar instabilidade no país. 

As informações são da Associated Press.

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