A Justiça do Irã proibiu as atividades do principal partido reformista do país, disse a agência semiestatal Isna nesta segunda-feira, citando uma fonte oficial.

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O adjunto político do Ministério do Interior, Solar Mortazavi, afirmou que a Justiça proibiu as atividades da Frente da Participação Islâmica do Irã e "fechou sua sede", disse a Isna.

O partido, ligado ao ex-presidente reformista Mohammad Khatami, afirmou que foi impedido de realizar sua reunião anual na quarta-feira passada, e que isso é "um ato ilegal e um claro exemplo da retirada dos direitos fundamentais dos cidadãos", segundo nota publicada no site oposicionista Narooznews.

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Centenas de reformistas foram detidos e julgados em meio à repressão contra manifestações iniciadas em junho, após suspeitas de fraude na eleição presidencial, algo que as autoridades negam.

Em julho, a frente da Participação Islâmica declarou que as eleições haviam sido um "golpe de Estado" que abalava a legitimidade das instituições. A eleição e as subsequentes manifestações mergulharam a República Islâmica na pior crise de seus 31 anos de existência.

Novos confrontos podem ocorrer na terça-feira por causa de celebrações que marcam o fim do ano persa. A polícia já alertou a oposição a não usar a ocasião para organizar novos protestos, e disse que pessoas detidas nesse dia permanecerão presas até o fim das comemorações do ano-novo, em 21 de março.

Entre os manifestantes presos nos últimos meses, mais de 80 já foram condenados a penas de até 15 anos de prisão. Duas pessoas levadas a julgamento depois da eleição foram executadas.

Nesta segunda-feira, seis pessoas que foram detidas durante protestos contra o governo foram condenadas à morte. Os réus foram acusados de ter "insultado os sacramentos islâmicos" durante as violentas manifestações contra o presidente Mahmoud Ahmadinejad.

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