Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
CORRUPÇÃO

Justiça do Peru volta a decretar prisão preventiva da opositora Keiko Fujimori

A filha do ex-presidente peruano Alberto Fujimori, Keiko Fujimori, durante audiência em tribunal em Lima, em 31 de outubro | AFP / Justiça do Peru
A filha do ex-presidente peruano Alberto Fujimori, Keiko Fujimori, durante audiência em tribunal em Lima, em 31 de outubro (Foto: AFP / Justiça do Peru)

A Justiça do Peru ordenou nesta quarta-feira (31) a prisão preventiva por 36 meses de Keiko Fujimori, principal líder da oposição, acusada de liderar a corrupção do partido Força Popular com a construtora brasileira Odebrecht.

Filha mais velha do ex-mandatário Alberto Fujimori e duas vezes candidata presidencial, Keiko foi indiciada pelo Ministério Público por ter recebido US$ 1 milhão da empreiteira em caixa dois para a campanha de 2011.

Segundo o juiz Richard Concepción Carhuancho, responsável pelos processos ligados à Operação Lava Jato no Peru, há alto grau de possibilidade de que ela tenha cometido lavagem de dinheiro com os recursos da construtora. 

Isso teria ocorrido, segundo o juiz, ao Keiko pedir a dois representantes de seu partido, Jaime Yoshiyama e Augusto Bedoya, doações ilegais de campanha. O dinheiro teria sido entregue a um empresário sobrinho de Yoshiyama. 

Os recursos teriam sido disfarçados por meio de atividades de partido, como uma rifa e um jantar para doadores. O juiz usou como base também as delações de Marcelo Odebrecht e do ex-diretor local da empreiteira Jorge Barata. 

Além das acusações, Concepción considerou que havia um risco muito grande de fuga de Keiko, que tem cidadanias japonesa e americana, devido à pena a que estaria sujeita no futuro - de 10 a 13 anos de prisão.

A líder opositora, que estava na audiência, foi presa imediatamente após a decisão. A audiência para determinar a prisão durou sete dias. No início do mês, ela chegou a ficar em prisão temporária pelo mesmo tempo. 

A defesa ainda pode recorrer. Keiko nega as acusações e afirma se tratar de perseguição política contra seu partido. Até agora o Ministério Público peruano investiga quatro ex-presidentes por ligação com a construtora brasileira.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.