Pelo menos 113 membros da Irmandade Muçulmana foram condenados nesta quinta-feira a três anos de prisão por participar de manifestações ilegais e violentas no Egito, entre outras acusações, informou a agência estatal de notícias "Mena".

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Um tribunal do Cairo sentenciou 63 islamitas a essa pena de prisão e ao pagamento de uma multa de 50 mil libras egípcias (cerca de R$ 17 mil) por manifestação sem aviso prévio às autoridades, danos materiais e agressão a policiais em uma marcha realizada em novembro do ano passado em Al Zaitun.

Em outro caso semelhante, uma corte condenou a três anos de prisão 24 integrantes da Irmandade Muçulmana que participaram de um protesto em novembro em Hadaiq al Quba, no Cairo.

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As duas decisões judiciais, emitidas em primeira instância, estabelecem uma fiança de 5 mil libras (cerca de R$ 1.700) para cada um dos condenados, o que permitiria a suspensão da aplicação da pena até uma sentença definitiva.

Os acusados participaram de manifestações a favor do deposto presidente Mohammed Mursi e, segundo a agência, fazem parte da Irmandade Muçulmana, que as autoridades egípcias declararam "grupo terrorista" em 25 de dezembro.

Além disso, o tribunal do bairro de Cidade Nasser (Cairo) condenou hoje 26 estudantes na Universidade de Al-Azhar a penas de entre seis meses e dois anos de prisão com trabalhos forçados por sua adesão a um grupo terrorista e por causar conflitos, entre outros crimes.

Os condenados foram detidos durante duas manifestações em novembro organizadas por uma facção estudantil próxima à Irmandade Muçulmana no campus dessa universidade, indicou a agência estatal.

Por sua vez, a promotoria ordenou hoje que um total de 150 membros e seguidores da Irmandade sejam julgados pelo tribunal da cidade de Al Zaqaziq, no delta do rio Nilo.

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Segundo a "Mena", esses processados foram detidos em protestos dos últimos meses em que morreu uma pessoa e 34 ficaram feridas em Al Zaqaziq, cidade natal de Mursi.

Os detidos são acusados de assassinato, pertencerem a grupo terrorista e de causar danos a propriedades privadas e públicas.

Além disso, a promotoria decidiu transferir ao Tribunal Penal a causa contra dois ex-deputados da Irmandade Muçulmana, Farid Ismail e Amir Basam, por adesão a grupo terrorista e incitação à violência.

Desde o golpe militar de 3 de julho, que depôs o presidente islamita Mohammed Mursi, as autoridades reprimiram os protestos dos seguidores do grupo e detiveram seus principais líderes, acusados de incitar a violência.

Em 30 de dezembro, um tribunal condenou 139 partidários da Irmandade a dois anos de prisão por atos violentos durante um protesto em apoio a Mursi realizado em julho.

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