Uma juíza de Cádiz (Andaluzia, sul) ordenou nesta terça-feira a apreensão de dois navios da companhia americana Odyssey, que recentemente descobriu um tesouro em um barco naufragado que poderia ser espanhol, noticiou a agência européia Europa Press, citando "fontes oficiais".
A juíza ordenou a apreensão dos dois barcos que estão atualmente no porto de Gibraltar (enclave britânico no sul da Espanha), quando os dois entrarem em águas espanholas.
O objetivo destas apreensões é fazer o registro dos mesmos, segundo a Europa Press.
Na semana passada, o governo espanhol havia anunciado sua apresentação num tribunal de Tampa, na Flórida (EUA), onde a empresa americana tem sua sede, para que "se respeitem" os direitos do Estado espanhol.
A Odyssey, empresa americana especializada na busca de tesouros submarinos, anunciou em 18 de maio a descoberta, "em águas internacionais do Atlântico", do maior tesouro submarino já encontrado, com mais de 500.000 moedas de prata e centenas de moedas de ouro em um barco não-identificado.
A empresa transferiu rapida e discretamente o tesouro para sua sede, em Tampa, e guarda segredo sobre a localização exata da nau, batizada temporariamente de "Cisne negro".
As autoridades espanholas suspeitam que a Odyssey pode ter feito a descoberta em águas espanholas ou num barco e encarregou a guarda civil de investigar os movimentos dos navios americanos no estreito de Gibraltar.
"Estamos diante de um suposto crime de expólio", afirmou na sexta-feira a número dois do governo espanhol, María Teresa Fernández de la Vega.
Segundo o jornal ABC, a Odyssey há pediu às pessoas interessadas na compra de moedas encontradas no navio, que o anunciem em seu site na internet.