Um tribunal de Santa Fé, no estado americano do Novo México, anulou nesta sexta-feira (12) o julgamento do ator Alec Baldwin por homicídio culposo.
Em outubro de 2021, durante a gravação do filme “Rust”, Baldwin alvejou fatalmente a diretora de fotografia Halyna Hutchins, de 42 anos de idade, e feriu o diretor Joel Souza. O ator alegou que a arma, que continha balas de verdade e não de festim, disparou sem que ele apertasse o gatilho durante a gravação de uma cena.
Segundo informações da agência France-Presse e da CNN, a juíza Mary Marlowe Sommer acatou a argumentação dos advogados de Baldwin de que provas importantes foram ocultadas da defesa.
Uma das testemunhas no julgamento, a perita forense Marissa Poppell, disse na quinta-feira (11) que recebeu um estojo de balas de um ex-policial após o julgamento da armeira de “Rust”, Hannah Gutierrez Reed, considerada culpada e condenada a 18 meses de prisão num julgamento separado este ano.
Apesar de o ex-policial que entregou o estojo, amigo da família de Reed, ter dito que as balas poderiam ter relação com a que causou a tragédia na gravação de “Rust”, Poppell disse que elas não correspondiam a outras munições reais encontradas no set do filme.
A perita afirmou que, seguindo instruções superiores, catalogou os projéteis fora do âmbito do caso de Baldwin, sem enviá-los ao FBI para que fossem analisados.
Nesta sexta-feira, investigadores prestaram depoimento no tribunal e disseram que eles e a promotora Kari Morrissey não apresentaram a munição para a defesa porque não consideraram que era relevante para o caso.
Porém, uma das investigadoras, Alexandria Hancock, disse que as balas entregues pelo ex-policial seriam “semelhantes” às balas falsas da gravação de “Rust”.
Os advogados de Baldwin afirmaram que a ocultação dos projéteis e o fato de que a arma que foi usada para balear fatalmente Hutchins foi danificada pelo FBI comprometeram a defesa do ator. Dessa forma, Sommer anulou o julgamento.
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