A Justiça de Boston, nos Estados Unidos, acusou ontem formalmente Dzhokhar Tsarnaev, de 19 anos, suspeito dos atentados à maratona da cidade, em 15 de abril. Ele responderá a quatro acusações de homicídio e ao uso de armas de destruição em massa.
Ele está preso em um hospital penitenciário perto de Boston, após ser baleado e gravemente ferido durante perseguição policial quatro dias após o ataque. Seu irmão, Tamerlan, considerado pelo FBI mentor do ataque, morreu durante a fuga dos agentes.
O júri determinou que ele seja julgado por 30 acusações, incluindo homicídio, lesão corporal e uso de armas de destruição em massa. Se considerado culpado, ele pode ser condenado à prisão perpétua ou à pena de morte. A primeira audiência judicial sobre o caso será na próxima terça.
Segundo o FBI, o ataque foi planejado por Tamerlan Tsarnaev, jovem de origem tchetchena que morava nos EUA há dez anos e que começou a se influenciar por grupos radicais islâmicos após uma viagem ao Daguestão, república russa da região do Cáucaso, em 2011.
Os agentes afirmam que Dzhokhar relatou que o irmão queria vingar a morte de muçulmanos durante as guerras no Afeganistão e no Iraque. Tamerlan foi enterrado em um cemitério na Virgínia, após ser rejeitado em diversas cidades do Estado de Massachusetts, onde fica Boston.
O atentado deixou três mortos e 264 feridos. O quarto morto foi um policial do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês) que foi baleado durante a perseguição policial que terminou com a morte de Tamerlan e a prisão de Dzhokhar.
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