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A Justiça da França abriu uma investigação sobre ameaças de morte recebidas por três atletas da equipe olímpica de Israel, segundo informou neste domingo (28) o Ministério Público de Paris.
A investigação dos e-mails enviados a esses três atletas está a cargo da unidade de combate ao ódio online, disse a procuradoria da capital francesa. Agentes da Brigada para a Repressão de Crimes contra Pessoas são os responsáveis pelo caso.
O Ministério Público não quis dar outros detalhes, além de que as investigações estão em andamento.
Na quinta-feira (25), o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, alertou seu homólogo francês, Stéphane Séjourné, sobre o risco de “ataques terroristas” durante os Jogos Olímpicos contra seus atletas ou contra turistas israelenses por parte de “grupos terroristas iranianos e outras organizações terroristas”.
Por conta do contexto da guerra no Oriente Médio, a França preparou um dispositivo de segurança particularmente reforçado para a delegação israelense. Isto traduziu-se em uma proteção ininterrupta levada a cabo pelo corpo de elite das autoridades francesas e que já se tornou evidente nas primeiras competições.
Investigação por antissemitismo em jogo Israel-Paraguai
Por outro lado, a Justiça francesa também abriu uma investigação por provocação de ódio racial agravado contra alguns espectadores da partida de futebol entre Israel e Paraguai no sábado (27) no Parque dos Príncipes, em Paris.
O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos apresentou denúncia por gestos antissemitas e pela exibição de um banner com a mensagem “Olimpíadas do Genocídio” em inglês. Funcionários do estádio retiraram as faixas.
Um grupo gritou palavras de ordem como "Israel assassino". Torcedores israelenses responderam às provocações com: "Libertem os reféns!". Antes do jogo, o hino israelense foi vaiado pelo público, enquanto algumas pessoas exibiam bandeiras palestinas.