A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, que se tornou mundialmente conhecida após ser condenada à morte por apedrejamento, foi sentenciada à forca, informa o site da agência iraniana de notícias Mehr. Em 2006, ela foi condenada por cumplicidade na morte do marido e por manter relações ilícitas com dois homens após ficar viúva, o que, segundo a lei islâmica, é considerado adultério.
Segundo o procurador-geral Gholam-Hossein Mohseni-Ejei, ela foi condenada à morte pelo assassinato do marido e essa sentença tem precedência sobre a condenação por adultério. "Segundo a decisão deste tribunal, ela é culpada por assassinato e sua sentença de morte tem prioridade sobre a punição (por adultério)", declarou hoje Mohseni-Ejei, em conversa com jornalistas. Isso significa que ela não será morta por apedrejamento porque deve ser primeiro executada por assassinato.
"A questão não deve tomar um caráter político e o Judiciário não será influenciado pela campanha de propaganda lançada pela mídia ocidental", afirmou Mohseni-Ejei, que também atua como porta-voz do Judiciário. O Irã rejeitou a oferta do governo brasileiro de conceder de refúgio a Sakineh. A pena de morte foi mantida por um tribunal de apelações.
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