O julgamento do capitão Francesco Schettino, acusado de ser o principal responsável pelo naufrágio ocorrido em 2012 em frente à ilha de Giglio, no qual 32 pessoas morreram, começa nesta quarta-feira (17) em Grosseto, no centro do país.
Depois de ter sido adiado no último dia 9 de julho, por causa de uma greve dos advogados, o processo começará hoje no teatro de Grosseto, que, assim como nas audiências preliminares, foi adaptado para comportar o grande número de pessoas interessadas em acompanhar o veredito de acusação de Schettino.
Atualmente, o processo apresenta 242 partes litigantes, entre passageiros, grupos ambientalistas, Prefeituras e, inclusive, o grupo Costa Cruzeiros, dono da embarcação.
As primeiras audiências serão dedicadas a apresentação das partes civis, enquanto a única surpresa poderá ser a presença, como ocorreu no último dia 9 de julho, da moldávia Domnica Cemortan, a mulher que, segundo algumas testemunhas, acompanhava Schettino na noite do naufrágio.
No entanto, se desconhece se Domnica também se apresentará como parte civil no julgamento.
Neste julgamento, somente Schettino enfrentará acusações, como de homicídio culposo múltiplo, abandono de navio, naufrágio e por omissão de socorro, já que não informado às autoridades portuárias sobre a colisão contra o empecilho, fato que provocou o naufrágio no dia 13 de janeiro de 2012.
Em outro processo paralelo, que será realizado no próximo dia 20 de julho, uma audiência preliminar decidirá se será admitido penas compactadas (entre um e dois anos de reclusão) aos outros acusados do naufrágio: o responsável da ponte de comando, Ciro Ambrosio; a oficial Silvia Coronica; o chefe dos serviços de bordo, Manrico Giampedroni, o timoneiro Jacob Rusli e o chefe da unidade de crise de Costa Cruzeiros em terra, Roberto Ferrarini.