Começou nesta sexta-feira (10) o julgamento dos cinco envolvidos no caso do adolescente de 17 anos que teria vendido um rim para comprar um iPad e um iPhone, em abril deste ano, na província de Hunan, no sul da China. O garoto, identificado somente pelo sobrenome "Wang", agora está sofrendo de insuficiência renal, segundo a agência estatal de notícias Xinhua.
Segundo a agência chinesa, um dos envolvidos teria recebido pouco mais de R$ 70 mil para arranjar a cirurgia. Ele teria conhecido Wang em uma sala de chat, na Internet. O jovem recebeu R$ 6 mil por seu rim. O restante da quantia foi dividido entre os outros quatro participantes do esquema, incluindo o cirurgião que operou o adolescente, um integrante da equipe médica e outras três pessoas. Todos os acusados podem pegar pena até 10 anos de prisão.
O garoto admitiu que havia vendido o rim quando sua mãe, ao vê-lo em casa com os dois produtos, perguntou como ele havia conseguido dinheiro. Os aparelhos da Apple são muito populares na China. Os preços, no entanto, estão fora do alcance da maioria: um iPhone custa quase R$ 1.400 e, um Iphone, quase R$ 1 mil.
A fila do transplante de órgãos no país é muito grande. Segundo informou a rede BBC, 1,5 milhão de pessoas estão na espera. Por conta da pouca oferta, muitos recorrem ao mercado negro. A China usava prisioneiros condenados à morte como fonte de órgãos, mas, em julho deste ano, o país decidiu abolir a prática pelos próximos cinco anos.
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