A americana Amanda Knox e seu ex-namorado italiano, Rafaelle Sollecito, foram inocentados pela Justiça italiana no caso da morte da estudante britânica Meredith Kercher na cidade de Perugia em 2007. Ambos, que haviam sido condenados anteriormente a 26 e 25 anos de prisão, respectivamente, devem ser libertados.
Os dois enfrentavam na Justiça italiana acusações de terem matado a jovem, que era colega de quarto da americana, durante uma noitada de jogos sexuais em novembro de 2007.
Kercher foi encontrada morta seminua, com ferimentos no corpo, na casa que dividia com Knox em Perugia, região da Úmbria.
O caso, que se arrastava na Itália havia quase quatro anos, atraiu a atenção de todo o mundo e vem sendo acompanhando com expectativa sobretudo na Itália, Reino Unido e nos EUA.
A leitura da sentença foi acompanhada pela mãe e pela irmã da jovem britânica.
"Eu quero voltar para casa, eu quero minha vida", disse Knox ontem, alegando inocência. "Tenho respeito pela corte. Peço Justiça", acrescentou.
"Eu perdi uma amiga do modo mais brutal e inexplicável", afirmou a norte-americana. "Não quero ser privada da minha vida e do meu futuro por algo que não fiz. Eu sou inocente", defendeu-se, ressaltando que foi "manipulada" e que não estava na casa na noite do crime.
Durante o dia, o tribunal pediu "respeito" durante a leitura do veredicto. "Vamos relembrar que uma bela jovem morreu e que a vida de outros dois está em jogo", afirmou o presidente da corte, Claudio Pratillo Hellman.
Rudy Guede, cidadão da Costa do Marfim com antecedentes criminais, foi condenado no caso e cumpre pena. Ele também se declarou inocente.
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