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O promotor de Justiça da Vara Criminal de Santa Cruz, Luiz Antônio Ayres, devolveu o inquérito que indiciou a tia e a prima da austríaca S., de 4 anos, por crime de tortura com resultado de morte e pediu novas investigações. Com a decisão, as duas mulheres permanecem livres e o caso volta para a 36ª Delegacia de Polícia. A notícia revoltou o pai da menina, o austríaco Sascha Zanger, que tenta embarcar com o filho R., de 12 anos, para Áustria ainda esta semana.

"Este Brasil é uma vergonha total. É o único país do mundo onde duas assassinas de uma criança indefesa ficam livres. É inacreditável. Cada dia que passa este caso fica pior. A única coisa que quero é ir embora daqui com o meu filho e o corpo de S.. O que faltou acontecer para que elas sejam presas?", questionou Zanger.

O promotor requisitou à polícia um estudo psicológico em R. e que o Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande esclareça sobre as datas das agressões sofridas por S.. Os laudos do IML confirmaram que a menina tinha hematomas produzidos em datas diferentes, assim como o irmão dela, mas não especificaram o período em que as surras ocorreram..

A menina deu entrada no dia 12 de junho em coma na Unidade de Pronto Atendimento de Santa Cruz com trauma cranioencefálico e hematomas por todo o corpo. A criança morreu uma semana depois no Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias (Baixada Fluminense). Vizinhos e o irmão de S.ophie contaram à polícia que as surras aplicadas pela tia Geovana dos Santos, de 42 anos, e a prima Lílian dos Santos, de 21, eram constantes. As suspeitas negam as acusações e dizem que a menina caiu no banheiro.

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