A Justiça do Peru determinou nesta sexta-feira (19) a prisão preventiva por 36 meses do ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski, 80, no âmbito de uma investigação por lavagem de dinheiro no escândalo da Odebrecht.
Conhecido como PPK, o ex-mandatário está internado em uma clínica em Lima, após ser submetido a uma intervenção cardíaca depois de uma crise de hipertensão.
O juiz rejeitou pedido do advogado César Nakazaki de que a prisão preventiva fosse descartada ou vertida em prisão domiciliar, devido à idade e às condições de saúde do ex- presidente.
PPK cumpre prisão provisória de dez dias que acabaria no sábado (20) e está proibido de deixar o país por 18 meses.
O ex-presidente (2016-2018) se encontrava detido na prefeitura de Lima, no âmbito de uma investigação pelo suposto crime de lavagem de dinheiro no escândalo de corrupção da empreiteira Odebrecht.
A promotoria alega que Kuczynski favoreceu a empresa brasileira quando foi ministro da Economia durante o governo de Alejandro Toledo (2001-2006).
O Peru é um dos países mais afetados pelos casos de corrupção da Odebrecht, que admitiu ter pago US$ 29 milhões em subornos ao longo de três governos peruanos.
Além de Toledo, que fugiu para os EUA e enfrenta pedido de extradição, também está sendo investigado o ex-presidente OllantaHumala (2011-2016), preso por um ano e que agora responde ao processo em liberdade condicional.
Na quarta-feira (17), o também ex-presidente peruano Alan García (1985-1990 e 2006-2011) se matou quando soube que a Justiça havia pedido sua prisão temporária.