A ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia (à esquerda) e o ex-presidente Ollanta Humala (à direita) durante a cerimônia de juramento no Palácio Presidencial| Foto: CRIS BOURONCLE/AFP

O Tribunal Constitucional do Peru revogou nesta quinta-feira (26) a prisão preventiva do ex-presidente Ollanta Humala e sua mulher, e ordenou que eles sejam liberados da prisão.  

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Assim, ele deve aguardar em liberdade o julgamento do processo em que é acusado de ter recebido irregularmente dinheiro da brasileira Odebrecht para sua campanha, informou seu advogado.  

"O Tribunal Constitucional concordou, por decisão majoritária, aceitar o habeas corpus apresentado pela defesa do ex-presidente", anunciou o presidente do colegiado, Ernesto Blume.  

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O casal será libertado antes do final de semana.  

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Humala, 55, e sua mulher, Nadine Heredia, 41, estão presos há mais de nove meses a pedido da Procuradoria, que recolheu informações e provas para acusá-los de lavagem de dinheiro por terem recebido US$ 3 milhões (R$ 10,4 milhões) da empreiteira brasileira para a campanha eleitoral de 2011.  

O casal apresentou neste ano um habeas corpus para enfrentar o processo em liberdade.  

O juiz do caso, Richard Concepción Carhuancho, ordenou 18 meses de prisão preventiva contra ambos em julho passado, enquanto a investigação avançava.  

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O ex-presidente de esquerda está detido em um quartel da polícia no leste de Lima, enquanto sua mulher permanece em uma prisão feminina ao sul da capital. Ambos receberam a notícia da libertação quando celebravam o aniversário de sua filha mais velha, no quartel onde está o ex-presidente.  

Humala governou o Peru de 2011 a 2016 e é um dos quatro ex-presidentes do país investigados pelo escândalo de corrupção com a Odebrecht, mas o único que foi preso.