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Inicialmente interessado em geopolítica, o ditador entendeu que poderia trabalhar com outras dimensões da "alma russa" em sua estratégia contra a Ucrânia.
O governo russo, liderado pelo ditador Vladimir Putin, tem sofrido constante pressão interna da oposição| Foto: EFE/Sergei Guneyev

O Tribunal Regional de Moscou ordenou a internação compulsória de um estudante de 19 anos em um hospital psiquiátrico devido a sua oposição à invasão na Ucrânia.

Maxime Lypkan foi julgado por disseminação de “informações falsas” sobre o Exército russo, segundo informações do portal de notícias SOTA.

O estudante tinha 18 anos quando foi acusado pela primeira vez de supostamente espalhar notícias falsas sobre os militares russos em seus canais do Telegram e do YouTube.

O julgamento de Lypkan começou em novembro do ano passado, mas a primeira audiência ocorreu à porta fechada e sem o réu, que já tinha sido internado em um hospital psiquiátrico a pedido da Justiça russa.

Em fevereiro, o tribunal que julga Lypkan anunciou o abandono do processo judicial contra ele, mas manteve a decisão de deixado internado.

O advogado da parte acusada, Alan Katchmazov, afirmou à agência AFP que seu cliente foi avaliado por um especialista (médico judicial) e foi declarado parcialmente irresponsável por suas ações.

Antes de ser preso, o jovem tentou promover um grande protesto no primeiro aniversário da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro do ano passado, contudo as autoridades de Moscou proibiram a manifestação. Lypkan então processou a Câmara Municipal da capital, mas perdeu o caso.

Após a invasão da Ucrânia, a Rússia aprovou uma lei para condenar pessoas que supostamente divulgam informações falsas sobre o Exército, uma estratégia para silenciar a oposição e civis críticos da ofensiva. Os condenados podem receber uma pena de até dez anos de prisão.

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