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Um tribunal ucraniano rejeitou nesta segunda-feira dois pedidos dos advogados para a libertação da ex-primeira-ministra da Ucrânia, Yulia Tymoshenko, a qual é julgada por abuso de poder e foi detida na sexta-feira passada por desacato aos juízes. Centenas de partidários de Tymoshenko fizeram um protesto nesta segunda-feira em frente a um tribunal em Kiev, pedindo a libertação da política.

Tymoshenko diz que o julgamento tem motivações políticas e afirma que é uma tentativa do presidente Viktor Yanukovich de impedi-la de participar das próximas eleições na Ucrânia. Ela é acusada de abuso de poder após ter assinado em 2009 um acordo para compra de gás natural da Rússia, o qual os promotores afirmam ter sido desvantajoso para a Ucrânia.

A oposição ucraniana afirma que o presidente, que é favorável a Moscou, tenta enfraquecer os políticos da oposição e silenciar as críticas da imprensa, em uma mudança da política de apoio às liberdades praticadas por seu antecessor, o qual era favorável ao Ocidente.

O tribunal impediu que a sessão desta segunda-feira fosse filmada, mas algumas imagens de Tymoshenko na corte foram gravadas por um celular. Ela parece determinada, agradecendo tanto ao Ocidente quanto à Rússia pelo apoio que recebeu após a prisão. A Rússia criticou a detenção na sexta-feira.

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