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O presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, foi reeleito, anunciou o chefe da comissão eleitoral nesta sexta-feira (9), pedindo por calma depois do anúncio do resultado preliminar que, segundo a oposição, é "totalmente inaceitável". As ruas estavam vazias antes do resultado em partes da capital Kinshasa e a polícia foi mobilizada para o caso de confronto.

"A comissão eleitoral nota que o candidato Joseph Kabila alcançou maioria com 8.880.944 votos, ou 48,97% depositados", afirmou Daniel Ngoy Mulunda a jornalistas, autoridades e diplomatas reunidos para ouvir o resultado da eleição. "(Os resultados) não são uma razão para incitar a população contra a ordem estabelecida para contestar os resultados ou para uma desforra."

Ele disse que o candidato da oposição Etienne Tshisekedi ficou em segundo lugar com pouco mais do que 32%. De acordo com Mulunda, quase 60% da população compareceu nas urnas. Em comunicado, Tshisekedi rejeitou formalmente o resultado preliminar e se proclamou presidente do país, fazendo um apelo para que a comunidade internacional ajude a evitar um novo derramamento de sangue na República Democrática do Congo. Alexis Mutanda, porta-voz de Tshisekedi, disse à Reuters, que o resultado é "totalmente inaceitável".

Resultados

"Você só precisa olhar ao redor em Kinshasa ou no restante do país para ver quantas pessoas estão contra esses resultados. A população está completamente desorientada", argumentou Mutanda.

Kabila é presidente da República Democrática do Congo desde 2001. Ele herdou o poder depois da morte de seu pai, o ex-guerrilheiro Laurent-Desiré Kabila, assassinado por seus próprios guarda-costas. Laurent-Desiré liberação do Zaire (antigo nome da República Democrática do Congo) do ditador Mobutu Sese Seko.

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