O líder líbio Muammar Kadafi recomendou nesta quarta-feira (21) ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que dê uma chance a Osama Bin Laden para uma reforma, dizendo que o homem mais procurado pelos EUA está querendo um "diálogo".
Kadafi elogiou o que chamou de "sinais positivos" dados pelo governo de Obama até agora, incluindo os planos de fechar a prisão na Baía de Guantánamo, em Cuba.
Falando para estudantes da Universidade Georgetown, em um link com a Líbia via satélite, Kadafi disse que Washington deve rever a sua abordagem em relação a Bin Laden, a quem é atribuída a autoria dos ataques de 11 de setembro de 2001. Bin Laden é o primeiro nome da lista de pessoas mais procuradas pelos Estados Unidos.
"O terrorismo é um anão, não um gigante. Osama Bin Laden é uma pessoa que pode dar uma chance à reforma", disse Kadafi, por meio de um intérprete. Ele não indicou se tem qualquer contato com Bin Laden ou se quer atuar como mediador.
"Talvez possamos ter um diálogo com ele e descobrir o motivo que o levou nesta direção".
Além disso, ele afirmou que o Taleban, derrubado no Afeganistão com a ajuda dos Estados Unidos, "não é como foi retratado" e Washington também deveria rever sua visão sobre o grupo.
Em um discurso no qual expôs sua ideia de como resolver o conflito entre israelenses e palestinos, Kadafi pediu a criação de um Estado, em vez de duas nações vivendo lado a lado.
"Podemos chamá-lo de Isratina", disse.
Se os judeus não aceitarem esta solução, Kadafi acredita que eles deveriam se mudar para o Havaí, para o Alasca ou para uma ilha no Pacífico. "Eles viveriam em paz em um local isolado".