O governante da Líbia, Muamar Kadafi, convidou empresas estrangeiras para explorar petróleo no país, informou hoje a agência estatal de notícias Jana. "O líder da revolução encontrou-se ontem com embaixadores da China, da Rússia e da Índia, com os quais discutiu relações bilaterais", afirmou a agência.
A maior parte das empresas que operam na Líbia, incluindo a francesa Total e a chinesa CNPC, interrompeu parte ou toda a sua produção desde que o levante popular contra o governo começou, no mês passado. O convite de Kadafi às empresas de China, Índia e Rússia é uma tentativa de substituir as companhias ocidentais.
Em 2 de março, Kadafi alertou que a produção de petróleo na Líbia havia atingido nível histórico de baixa e ameaçou retirar as companhias de petróleo ocidentais do país. "Estamos prontos para trazer companhias chinesas e indianas para substituir as ocidentais", disse Kadafi.
Na sexta-feira, a Total informou que a guerra civil cortou a produção do país de cerca de 1,4 milhão de barris ao dia para menos de 300 mil barris. A Líbia estava produzindo 1,69 milhão de barris ao dia antes da crise, segundo números da Agência Internacional de Energia. Desse total, 1,2 milhão foi exportado, a maior parte para a Europa. Outros grandes consumidores do petróleo da Líbia são a China e os Estados Unidos. As informações são da Dow Jones.
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