Incumbido na última quinta pelo presidente israelense Shimon Peres de formar um novo governo, após o apertado resultado das eleições legislativas do último dia 10, o líder do partido direitista Likud, Binyamin Netanyahu, se reuniu ontem por mais de duas horas com a chanceler Tzipi Livni, do Kadima (centro-direita).

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Após o encontro, ocorrido em Jerusalém, Netanyahu disse que ele e Livni concordaram em muitos pontos e que suas discordâncias poderão "ser superadas com boa vontade’’. "Acho que nós todos temos de ouvir as vozes vindas do povo e que estão pedindo por união nesta hora’’, disse.

Livni apareceu momentos depois e afirmou que ambos ainda discordavam quanto ao diálogo com os palestinos. "Não chegamos a nenhum acordo. Há profundas discordâncias a respeito dessa questão’’, disse.

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"Hoje (ontem) não progredimos em questões cruciais, de modo a podermos falar de um caminho comum’’, completou. Mas afirmou que ambos concordaram em se reunir de novo em breve.

Ontem, antes do encontro, Netanyahu havia afirmado que não admitirá "imposições’’ nem "quedas de braço’’ para formar o novo governo. Dirigentes do Kadima salientaram que Livni só participará do novo governo se Netanyahu aceitar um rodízio na liderança do Executivo.

A rotação de primeiros-ministros "é a única forma de garantir um governo estável e que dure quatro anos’’, afirmou Avi Dichter, ministro da Segurança Pública e membro do Kadima. Essa estratégia já foi adotada nos anos 1980 por Shimon Peres (trabalhista) e Isaac Shamir (Likud) para resolver um virtual empate nas eleições.

Tanto Livin quanto Netanyahu vêm recebendo pressões de seus partidos para formarem um governo de unidade nacional. O argumento é de que o país precisa de estabilidade para enfrentar suas duas maiores preocupações: a crise financeira internacional e o programa nuclear iraniano.