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Kalashnikov, criador do fuzil AK-47, é enterrado na Rússia

Salva de tiros é dada pela guarda de honra – com fuzis AK-47 – durante o funeral do tenente-general Mikhail Kalashnikov, no memorial militar de Mytischi | Sergei Karpukhin/Reuters
Salva de tiros é dada pela guarda de honra – com fuzis AK-47 – durante o funeral do tenente-general Mikhail Kalashnikov, no memorial militar de Mytischi (Foto: Sergei Karpukhin/Reuters)

O corpo do inventor do fuzil AK-47, Mikhail Kalashnikov, foi enterrado ontem com honras militares no memorial militar de Mytishchi, em Moscou. O presidente russo, Vladimir Putin, esteve na cerimônia, que terminou com uma salva de tiros de guardas de honra, que usaram a arma.

Antes que fosse levado ao panteão, cerca de 60 mil pessoas lhe homenagearam na cidade de Izhevsk antes de seu corpo ser transportado para Moscou. Na capital russa, centenas de militares fizeram a guarda de honra aos restos mortais de Kalashnikov, cujo caixão foi coberto com a bandeira russa.

Putin deixou um ramo de rosas vermelhas ao lado do caixão durante o velório. Além dele, compareceram o ministro da Defesa, Sergei Choigou, o chefe da administração presidencial, Sergei Ivanov, e outros oficiais do governo russo.

Devido à criação do AK-47, Kalashnikov que não chegou a terminar o ensino médio, foi promovido honorificamente a coronel, em 1971. Em 1994, ao completar 75 anos, foi novamente promovido a major-general.

Recebeu ainda honrarias como o Prêmio Stálin, a Ordem de Lênin e da Estrela Vermelha e até a Ordem de Santo André, essa conferida já pela Federação Russa em 1998 e considerada o maior título honorário do país após o fim da União Soviética.

As honrarias e as patentes militares lhe conferiram uma cerimônia especial de sepultamento. Ele foi o segundo a ser enterrado no local, inaugurado no ano passado. O primeiro foi um soldado russo desconhecido que lutou na Segunda Guerra Mundial.

Estima-se que o fuzil, que desenhou em 1947, quando era oficial do Exército Vermelho e se recuperava de ferimentos sofridos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), vendeu 100 milhões de unidades.

A arma logo se tornou o rifle de assalto padrão da infantaria soviética e, nos anos seguintes, passou a ser adotado por exércitos de mais de 80 países, por guerrilheiros radicais e até por terroristas como Osama bin Laden.

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