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A candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, e o vice da sua chapa, Tim Walz, durante a Convenção Nacional do partido em Chicago, na semana passada
A candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, e o vice da sua chapa, Tim Walz, durante a Convenção Nacional do partido em Chicago, na semana passada| Foto: EFE/EPA/WILL OLIVER

Na sua primeira grande entrevista desde que substituiu o presidente Joe Biden como candidata democrata à Casa Branca, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, disse que sempre combateu a imigração ilegal e que cogita nomear um republicano para seu gabinete caso seja eleita em 5 de novembro.

Kamala concedeu uma entrevista à âncora da CNN Dana Bash, conversa que será veiculada na íntegra pela emissora americana na noite desta quinta-feira (29), mas que teve trechos divulgados mais cedo. Ela esteve acompanhada pelo vice na sua chapa, Tim Walz.

“Acho que o aspecto mais importante e significativo da minha perspectiva política e decisões é que meus valores não mudaram”, disse Kamala.

“Meus valores em relação ao que precisamos fazer para proteger nossa fronteira - esses valores não mudaram. Passei dois mandatos como procuradora-geral da Califórnia processando organizações criminosas transnacionais, violações das leis americanas, em relação à passagem ilegal de armas, drogas e seres humanos através da nossa fronteira. Meus valores não mudaram”, argumentou a democrata.

A migração ilegal é um dos temas mais abordados pela oposição republicana, cujo candidato presidencial é novamente Donald Trump, na corrida eleitoral deste ano.

No final de julho, poucos dias após Biden desistir da campanha pela reeleição, a Câmara dos Estados Unidos, dominada pelos republicanos, aprovou uma resolução condenando o presidente e Kamala pela crise migratória na fronteira com o México. A vice-presidente vem sendo acusada pela oposição de ter falhado como “czarina da fronteira”.

Na entrevista ao bilionário Elon Musk, dono do X, no último dia 12, Trump voltou a culpar Kamala pela imigração ilegal.

“Ela era a czarina da fronteira, você não precisa chamá-la assim, mas ela estava encarregada da fronteira, e a fronteira está no pior momento possível”, disse Trump.

O governo Joe Biden afirma que, em março de 2021, o presidente designou Kamala para liderar a coordenação com os governos da Guatemala, Honduras e El Salvador, de onde saem muitos migrantes ilegais que chegam aos Estados Unidos pela fronteira com o México, com o objetivo de melhorar condições de vida nesses países, e não combater diretamente a migração ilegal.

Na entrevista desta quinta-feira, Kamala disse que cogita a ideia de nomear um republicano para algum cargo num eventual governo dela.

“Acho que é importante ter pessoas à mesa, quando algumas das decisões mais importantes estão sendo tomadas, com visões e experiências diferentes. E acho que seria benéfico para o povo americano ter um membro do meu gabinete que fosse republicano”, afirmou.

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